Por: Rodrigo Aquino
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Algum cliente já entrou em contato com você solicitando um extenso e complexo projeto com custos e prazos reduzidos? E o pior, você teve de enviar um prazo e orçamento a ele em pouco tempo sabendo que as chances de atraso eram enormes? Isso na realidade não parece ser uma exceção à regra. Mas como aceitar o projeto e diminuir os riscos de atraso sendo que nem sempre o cliente sabe exatamente o que quer (seja por incertezas mercadológicas, discordâncias internas sobre como deveria ser o projeto, etc)?
Quando há uma solicitação de projeto com urgência nos deparamos com algumas possibilidades indicadas na figura a seguir.
Figura 1 – Possibilidades de sucesso em um projeto
Por melhores que sejam as definições de um cliente sobre o que deve ser feito em um projeto, nem mesmo ele é capaz de prever as reais necessidades dos usuários finais, pois isso só é conhecido quando o produto chega aos usuários e o processo de utilização se inicia.
Em 2011, Eric Ries apresentou em seu livro The Lean Startup um conceito chamado MVP (Minimum Viable Product). O MVP é uma maneira de expressar uma ou mais ideias aos clientes sobre determinado produto gastando o mínimo de esforço possível. Dessa maneira conseguiremos aprender com os erros e construir exatamente o que o usuário final deseja em um curto intervalo de tempo.
A técnica do MVP é muito importante para direcionar melhor o desenvolvimento de um produto, pois não há certeza de que ele terá boa aceitação do usuário final. Esse conceito também pode ser utilizado no gerenciamento de projetos, no qual a ideia seria reunir as principais features do produto e lançá-las aos reais usuários.
Ao optar em utilizar o MVP durante o gerenciamento de um projeto é necessário certificar quais são os requisitos que possuem maior valor ao cliente antes de realmente lançar o produto. A figura 2 mostra um exemplo do momento em que um MVP deve ser construído para o cliente.
Figura 2 – Momento em que o MVP deve ser construído para o cliente
Repare que ainda existem requisitos importantes a serem implementados, porém não é necessário ter feito todos a fim de que já possa receber os feedbacks dos usuários finais.
A opção do cliente em usar o MVP é também uma forma de reconhecer a complexidade do projeto que está sendo passado ao fornecedor, buscando formas alternativas para alcançar o sucesso. É válido lembras que no gerenciamento de projeto, a técnica do MVP só deve ser utilizada em comum acordo e validação do cliente visto que é a marca da empresa dele que está em risco (pois o usuário final poderá considerar o produto de baixa qualidade dependendo da quantidade de requisitos implementados). Além disso, outros riscos podem ser levados em consideração e você poderá conhecer melhor sobre eles
clicando aqui.
Bibliografia
- Ries, Eric. A Startup Enxuta. Texto Editores Ltda., 2012.
Data da publicação:
16/06/2015
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Rodrigo Aquino
LEAN IT
Professor do MBA e Pós-graduação na FGV, incluindo a disciplina de Transformação Digital, +25 anos de experiência (nacional e internacional em TI e negócios) sendo 10 anos com lean. MBA em Engenharia de Software/USP e Bacharel em Ciência da Computação/PUC-SP. Responsável pela revisão técnica do primeiro livro de Lean IT lançado no Brasil, revisor dos termos de TI do livro Liderar com Respeito e autor do livro: WPage - Padronizando o desenvolvimento de Web Sites. Experiência com lean nas área de TI, saúde, office e serviços, manufatura, trabalhando na melhoria de processos e transformação digital nas empresas. Responsável pela análise e desenvolvimento +100 WebSites dentre eles bcp.com.br (claro.com.br), landrover.com.br, TVA, Agip e Hotsites para Nokia, Ford, P&G, etc e diversos e-commerces. Co-autor do Framework Lean IT 2.0 e da ferramenta A3 Ágil. Experiência com Business Agility, DevOps, Gestão de Projetos Lean e Ágil, SCRUM, Kanban, XP, Lean Startup, JIT, A3, MFV (VSM), Gestão de Crise, ESG e Lean Canvas.