Por: Rodrigo Aquino
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Desde os anos 70 já se discutiam iniciativas e estratégias de investimento sustentáveis entre empresas, porém nas décadas de 1990 e 2000 é que o assunto começou a ficar melhor estruturado, por exemplo, com surgimento das diretrizes da Global Reporting Initiative, ISO 26000 e os índices de sustentabilidade em bolsa de valores como: Dow Jones Sustainability Indices, ISE B3, etc. Em 2015, surge a Agenda 2030 e seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) reunindo 193 países integrantes da ONU que firmaram um compromisso protagonizando mudanças urgentes para o planeta como um todo.
No Brasil ainda não há dados sistematicamente compilados sobre o tema, porém sabemos que diversas empresas multinacionais e nacionais já começaram a se preocupar e tratar sobre o assunto. A sigla ESG significa (environmental, social and governance) e definitivamente, não pode ser vista apenas como um novo nome para sustentabilidade, mas sim, muito mais do que isso! Segundo BELINKY (2021) “Empresas realmente comprometidas com a sustentabilidade precisam ir além do “ESG básico”. Elas precisam entender que, se cuidarem apenas do business case mais evidente, correrão o risco de ter ótimas soluções, mas para apenas uma parte do problema. É como se, em um barco avariado, cada um tapasse o buraco que molha o próprio pé, sem atentar para buracos muito maiores na área do seu vizinho: quando o barco afundar, todos irão juntos.”.
Em outras palavras, é muito importante a empresa iniciar seus investimentos naquilo que “retira” do planeta. Por exemplo: uma organização que vende produtos de beleza, é plausível que tenha investimentos em ações contra o desmatamento, no plantio de árvores ou plantas que utiliza em sua indústria, etc. Mas não é só isso, se preocupar com a parte social e de governança é crucial para a harmonização das ações diminuindo significativamente os impactos ambientais e sociais, garantindo o retorno a longo prazo.
Há diversos tipos de retorno quando uma empresa decide investir em ESG, como aumento do valor da marca, reconhecimento do mercado, retorno financeiro baseado em ações que impactam a sociedade direta ou indiretamente, recebimento de investimentos, etc. Inclusive, há títulos temáticos ESG que servem para atrair capital para projetos. Esses títulos são divididos em: títulos verdes (relacionados a energia renovável, prevenção e controle de poluição, conservação da biodiversidade, etc.), títulos sociais (direcionados a projetos que visam à geração de empregos, à segurança alimentar, à infraestrutura básica, etc.) e títulos de sustentabilidade (são investimentos em projetos que combinam ações green e social – socioambiental).
ESG é um tema verdadeiramente amplo e entender corretamente sobre esse conceito é muito importante para que sua empresa invista corretamente, a fim de colher excelentes resultados no futuro.
Clique aqui para saber mais sobre ESG.
Referências bibliográficas:
BELINKY, Aron. SEU ESG É SUSTENTÁVEL?. GVEXECUTIVO, Rio de Janeiro, Volume 20, pág. 37 a 44, Dezembro, 2021.
Data da publicação:
22/08/2022
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Rodrigo Aquino
LEAN IT
Professor do MBA, Pós-graduação e banca examinadora na FGV, incluindo as disciplinas de Transformação Digital, Inovação, Planejamento Estratégico, além de Estruturas e Processos Organizacionais, +27 anos de experiência atuando em projetos nacionais e internacionais com foco em mapeamento, inovação e melhoria de processos. MBA Engenharia de Software pela USP e Bacharel em Ciência da Computação pela PUC-SP. Responsável pela revisão técnica do primeiro livro de Lean IT lançado no Brasil, revisor dos termos de TI do livro Liderar com Respeito, autor do livro: WPage - Padronizando o desenvolvimento de Web Sites e co-autor do livro Liderança Exponencial. Experiência nas áreas de TI, saúde, office e serviços, construção, manufatura, trabalhando na melhoria de processos e transformação digital nas empresas. Co-autor do Framework Lean IT 2.0 e da ferramenta A3 Ágil. Experiência com Business Agility, Gestão de Projetos Lean e Ágil, SCRUM, OKR, Kanban, Gestão de Crise, ESG, LGPD e Lean Canvas. Trabalhou nas empresas: Petrobras, Wunderman, TOTVS, ICEC (construções metálicas), etc.