Chegamos à quarta e última parte desse artigo, já passamos pelo VSM – Value Stream Mapping e pelo Framework SCRUM e como os dois se complementam para melhorar a performance dos processos e das pessoas e consequentemente melhorando a entrega de valor.
A mudança cultural de uma organização, para a adoção de uma nova metodologia, é uma tarefa árdua e complexa, a resistência as mudanças estão relacionadas a zona de conforto de cada pessoa, que estão tão acostumadas a fazer suas atividades diárias sempre da mesma forma que apenas uma situação que fuja à sua rotina já é motivo para que a resistência, as vezes não intencional, apareça e torne a situação complexa ao ponto de ser quase impossível aceitar algo novo, mesmo que seja para melhoria.
Essa resistência às mudanças sempre haverá, e é nesse ponto que uma das funções do Scrum Master deve aparecer para mostrar as pessoas que, se continuarem na era dos diagramas de Gantt é continuar com uma visão fechada e simplista e de certa forma ingênua, já que aqueles diagramas grandes com datas e prazos definidos acabam caindo por terra quando enfrentam a realidade de que os projetos são vivos, nos quais, as alterações de prazo, escopo, recursos e funcionalidades vão acontecer, e dessa forma a metodologia em cascata acaba sendo ilusória, já que o que foi definido em um escopo fechado dificilmente será alterado.
Como diz Jeff Sutherland no seu livro SCRUM a Arte de Fazer o Dobro do Trabalho na Metade do Tempo, “Quando a gente se deparava com resistência, só dizia: “ei, vocês podem continuar fazendo as coisas do jeito que sempre fizeram, manter o status de entregar o produto com atraso, e tudo vai ficar bem”. E eles respondiam: “não vai ficar tudo bem”. Realmente resistência haverá mas a quebra de paradigma pelas pessoas também deve haver, só assim a redução de desperdícios com ajuda do SCRUM vai funcionar e o valor real que o cliente deseja receber será entregue.